Os Vs | O melhor do nosso fim-de-semana
11.10.15 | Vera Dias Pinheiro
Fim-de-semana de muita chuva combina com programas mais calmos, mais caseiros e, se possível, aproveitar as sestas dos mais pequenos para retemperar energias dos mais crescidos - pelo menos, por aqui foi assim.
No sábado, aproveitámos para juntar a nossa outra família - a dos amigos - num almoço longo, com boa comida, boa conversa e o melhor de tudo com um ambiente próximo e caloroso, já com muitas crianças à mistura - com tudo o que isso implica: brincadeiras, algumas birras (claro), choros, mas acima de tudo, com muita proximidade já entre todos eles. E é tão engraçado ver que, se até há bem pouco tempo, o Vicente era dos mais pequenos, aquele que andava atrás dos mais crescidos a tentar ser como eles e agora ele próprio já é imitado pelos mais pequenos, já tem o seu fiel escudeiro, o Manuel, que andou sempre atrás dele com aquele ar de maroto que os miúdos fazem quando sabem que estão a fazer-se de grandes e fazer as maiores traquinices - e é nestes momentos que vemos também como o tempo passa demasiado rápido.
Há pouco tempo li um artigo (que vocês também podem ler aqui) que dizia que as pessoas que se encontram com amigos e familiares pessoalmente pelo menos três vezes por semana correm menos risco de desenvolver uma depressão, por comparação aqueles que mantêm sobretudo um contacto meramente virtual. E eu não podia estar mais de acordo: quem não regressa a casa de coração cheio e feliz depois de bons momentos passados com os amigos ou com a família? Quem não se sente bem quando o ambiente distendido com que se está, não nos deixa aperceber da passagem das horas? Ou quando nos perdemos a olhar para uma mesa cheia e ver como todos conversam animadamente, com o barulho das crianças animadas como fundo?
Ter sorte com os amigos que se escolhe e ter a sorte desses amigos serem os amigos de todas as horas, é realmente uma benção, é o melhor euromilhões que nos podia sair. Ver que os nossos filhos se tornam amigos dos filhos dos nossos amigos, vê-los felizes quando se encontram, traz-nos uma certa tranquilidade, por considerarmos importante haver este tipo de referências e estes "amigos de uma vida inteira e que ficam para a vida".
Ter sorte com os amigos que se escolhe e ter a sorte desses amigos serem os amigos de todas as horas, é realmente uma benção, é o melhor euromilhões que nos podia sair. Ver que os nossos filhos se tornam amigos dos filhos dos nossos amigos, vê-los felizes quando se encontram, traz-nos uma certa tranquilidade, por considerarmos importante haver este tipo de referências e estes "amigos de uma vida inteira e que ficam para a vida".
Da forma como a vida e a sociedade se organizam, a tendência é, cada vez mais, para que as pessoas se distanciem fisicamente na procura da sua realização pessoal e profissional, conhecemos muitas pessoas, estamos em muitos ambientes heterogéneos o que, por vezes exige de nós diferentes tipos de comportamentos, por isso, saber que, no final, existe este quadro de referências ajuda-nos a manter-nos fiéis a nos próprios e aos nossos princípios. Os amigos não precisam de estar todos os dias juntos; os amigos de verdade fazem esquecer o tempo que estiveram sem se ver no momento em que se encontram.
Já hoje, o dia foi para matar saudades do melhor brunch da Lisboa, o brunch do Chef Nino. É o melhor brunch pela comida, que é confeccionada com receitas caseiras e também pelo espaço em si, acolhedor, mesmo em dias como o de hoje, frio e chuvoso, com pessoas simpáticas e sorridentes prontas a nos receber.
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No regresso a casa, ainda tivemos tempo para parar pela Livraria Ler Devagar, uma das mais bonitas que conheço e onde gostamos sempre muito de parar e folhear uns livros.
E, por aí, como aproveitaram este fim-de-semana de chuva? Estão preparados para mais uma semana?