Iniciamos esta semana da coração cheio. E a verdade, é que, quando os fins-de-semana são bons, quando são realmente bons, começar uma nova semana acaba por custar sempre um bocadinho menos.
O mês de Agosto é particularmente especial a proporcionar-nos coisas boas: o bom tempo, a praia, os dias longos e as brincadeiras ao ar livre, logo para começar. E, depois, é, por excelência, o mês das férias; é o momento em que muitas pessoas aproveitam também para fazer o balanço do ano que passou (porque para muitos o ano começa em setembro e não em Janeiro); a maioria das escolas fecha, o que permite às crianças gozar também as suas férias e sair do ambiente onde passam tantas horas, durante todo o ano; é normalmente o período em que se consegue fazer uma pausa maior do trabalho e das responsabilidades e que nos deixa com tempo - de qualidade - para nos dedicar-nos às coisas que mais gostamos e que, por força da exigência dos dias que correm, ficam sempre para segundo plano.
Para as famílias, as férias significam isso mesmo: tempo! Significam tempo de estar, sem pressas, uns com os outros, de desfrutar da companhia, de levar os filhos a fazer aquele programa que andam sempre a adiar e que eles tanto lhes pedem. Mas, nos tempos que correm, este período de férias assume uma importância ainda maior: os estilos de vida, demasiado ocupados tanto para pais como para filhos, leva-nos a uma verdadeira correria no dia-a-dia, sem nos apercebermos, por vezes, do tempo que andamos a perder. E nisso o tempo não perdoa, ele corre sempre a uma grande velocidade! E, infelizmente, nós não podemos guardar os momentos para serem vividos mais tarde, eles são para serem vividos no presente.
Nós somos também uns privilegiados nesta altura do ano. Já nos tempos em que vivíamos em Bruxelas - ou não fosse o Agosto o mês do emigrante - e mesmo agora, que estamos por cá. É, por esta altura, que estamos mais próximos dos nossos amigos e que estamos com mais disponibilidade para estar mais presentes. Este fim-de-semana tivemos a festa de aniversário do filho de uns amigos próximos que, por ser na altura que é, acaba por reunir um grande grupo de amigos. Para nós é sempre bom, pois rimos, conversamos, descontraídos e sem pensar nas horas. Para os miúdos, é altura em que reforçam os laços de amizade e que convivem. E é engraçado ver como o Vicente vai desenvolvendo essas capacidades sociais e de relacionamento e o bom que é para o seu desenvolvimento. Agora que está mais crescido e espevitado, foi difícil arrancá-lo do jogo de matraquilhos ou da bola de futebol. E mesmo vendo a horas a passarem - muito para lá da hora de jantar e de se deitar - ver a felicidade com que jogava à bola com o seu pai, com os amigos do pai e os filhos destes, não tive coragem de o tirar de lá antes da parodia acabar. Afinal, os amigos são a família que escolhemos e, tal como a nossa família de sangue, também com esta devemos ter o cuidado de cuidar bem dela e de a estimar.
E, afinal, se não forem os momentos como estes que iremos recordar, mais tarde, como os mais felizes da nossa vida, não sei quais poderão ser!
Boa semana a todos!!!