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As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

Sobre a queda de cabelo [um problema que me acompanha desde os tempos do pós parto]

16.07.15 | Vera Dias Pinheiro
O Outono e a Primavera são as estações do ano, por excelência, de renovação, estando, por isso, associadas aos períodos em que se sente mais a queda de cabelo.

A título de curiosidade, fiquem a saber que o cabelo cai apenas 26 vezes numa vida, ou seja, um cabelo renova-se, em média, de 4 em 4 anos. E, embora essa queda seja um processo natural, pode igualmente estar associada a questões hormonais, hereditárias, a períodos de maior cansaço ou de stress, a problemas de tiróide ou a anemia. Todavia, após a queda, o cabelo renova-se mais depressa: de 2 em 2 anos ou, até mesmo, de 6 em 6 meses. A queda de cabelo é também mais evidente nas mulheres do que nos homens.

No meu caso, a queda de cabelo tem sido uma constante após a gravidez e a amamentação. Não há uma altura do ano em que não sinta que estou a perder mais cabelo do que o normal, mas só acabo por me aperceber realmente o quão séria é a situação quando vejo a quantidade de cabelo novo que tenho a crescer (que é assustadora). 

Se, durante a gravidez e com as alterações hormonais pelas quais passamos, a queda natural do nosso cabelo diminui, tornando-se até mais forte e mais grosso. A seguir ao bebé nascer e com as hormonas a voltar ao seu lugar (ou não!), todo o cabelo que não caiu durante aqueles 9 meses, vai começar a cair. E só para termos uma ideia, numa mulher adulta caiem em média entre 100 a 125 fios de cabelo por dia, passando para cerca de 500 fios de cabelo nos meses do pós-parto. Esta situação tende, com o tempo, a normalizar mas como passamos a andar mais cansadas e a dormir menos, isso são factores que, como vimos, vão continuar a interferir nesse processo.
E, se na altura em que estamos a dar de mamar, nos encontramos mais limitadas com os tratamentos que podemos fazer, findo esse período e, se a queda continuar de forma acentuada, é altura de pensar em recorrer a uma ajuda mais profissional.

Em conversa com o Hairstylist Mathieu Dubet, ele explicava-me que um tratamento mais eficaz contra a queda de cabelo deve ser pensado na fase em que precisamente se está a dar o processo de renovação do mesmo. O objectivo destes tratamentos é, pois, desacelerar este processo de renovação, aumentando a durabilidade da vida do cabelo.

E deixa alguma recomendações:

1. Deixar de usar o shampoo todos os dias. 
Os shampoos são produtos detergentes e ao lavarmos o cabelo todos os dias, faz com que se retire uma película de protecção que lubrifica o cabelo e protege o couro cabeludo das agressões externas - é a chamada película hidro-lipídica (composta por água e por gordura).
Ora, por causa disso, o cabelo está mais seco, mais fraco e mais frisado. 

2. Tonificar e massajar todos dias o couro cabeludo.
Aplicar todos os dias (de manhã ou a noite), nas partes mais fracas do cabelo e na nuca, um tónico para estimular o crescimento de cabelo. Devemos massajá-lo da nuca até a testa, como se quiséssemos empurrar o sangue até o topo da cabeça. Com este processo vai exercer-se aquilo a que chamamos de vaso dilatação (aumento do diâmetro dos capilares sanguíneos). 
As partes mais fracas vão passar a receber mais sangue e sobretudo mais hormonas (veiculadas pelo sangue), consequentemente o cabelo vai crescer mais forte e aumentar de diâmetro.



3. Tratar a queda de cabelo 2 vezes ao ano durante 3 meses. 
É importante ter consciência que os produtos contra a queda nunca o fazem de maneira definitiva. No entanto, eles desaceleram a fase da queda (sem tratamento o cabelo demora 10 anos a cair e com um tratamento regular demora o dobro ou triplo do tempo para cair).
Por este motivo, o Mathieu recomenda a aplicação de um tratamento anti-queda, durante a primavera e durante o outono, da seguinte maneira:
  • No 1º mês: aplicar 2 ampolas por semana, aplicadas e massajadas da mesma maneira do que o tónico diário.
  • No 2º e 3º mês: fazer o mesmo, mas apenas com 1 ampola por semana.
4. Escolher os produtos certos (e os produtos bons).
Em termos de marcas e referências, o hairstylist Mathieu Dubet recomenda a utilização dos produtos da Renee Furterer, dos laboratórios Pierre Fabre. Por ter trabalhado muitos anos directamente com estes produtos, apercebeu-se que os resultados eram bem mais visíveis e mais rápidos, ao contrário do que acontece com outras marcas.
Paralelamente a tudo isto, não devemos esquecer a importância de ter uma alimentação saudável e rica em nutrientes, como as vitaminas e os sais minerais, que vai ajudar a contribuir para a preservação capilar. 


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Será já a idade dos "porquês"?!

16.07.15 | Vera Dias Pinheiro
Haverá alguma coisa mais fascinante do que ver uma criança a crescer?! Não deve haver... E todas as fases pelas quais passam são maravilhosas, intensas e lançam-nos muitos desafios. Mas quando chega aquela altura em que o nosso filho começa a fazer-nos companhia, começa a conversar connosco e a ter as suas próprias opiniões é muito engraçado e somos como que "obrigados" a aceitar que o nosso filho não vai ser sempre bebé, que um dia vai crescer e que esse dia chegou!

O Vicente deu um grande salto no seu desenvolvimento e, de repente, vejo-o com comportamentos e linguagem que me fazem esquecer, por momentos, que ele ainda SÓ tem dois anos e meio. Sou confrontada com respostas e conversas para as quais ainda não estava preparada. No fundo, tentava não racionalizar que o meu bebé, de bebé já não tinha nada. E eu já lhe disse que "a culpa" é da mãe (ou seja, minha), que se pôs com ideias, a achar que o Vicente ia sentir-se muito aborrecido na sala do 1 aos 2 anos, porque era já um menino muito desenvolvido e esperto. Falei com a educadora, que no final da primeira semana de creche, já era da mesma opinião e lá foi ele para a sala dos finalistas, a sala dos crescidos!!! Em bom rigor, fui eu que o empurrei para esta espécie de pré adolescência infantil... para esta certa forma de emancipação (que, na minha opinião de mãe, é muito precoce) . O que me vale é que, como bom filho rapazinho que é, ele idolatra a sua mãe e anda agarrado a mim a dar-me muitos beijinhos (mas, mesmo assim, também já andou mais....).

Eu própria, penso que mesmo o Vicente está aprender a lidar com o facto de começar a conseguir verbalizar praticamente tudo aquilo que lhe passa pela cabeça e.... apanha todos os nossos tiques! Na ordem do dia temos: "Diz mãe?" "Diz pai?" "Diz mãe?" "Diz pai?" "Diz mãe?" "Diz pai?" "Diz mãe?""Diz pai?" "Diz mãe?". Esta é a expressão que ele repete incessantemente, sem sequer parecer interessado nas nossas respostas. Repete! Repete! E repete o dia todo! E repete a toda a hora! Às vezes, torna-se até cansativo e quando as perguntas se amontoam é necessário ir às reservas da nossa paciência, para continuar a responder sempre e de forma calma. Mas há mais, entram para o top também: "Oh mãe onde tu'tás?", "Oh mãe estás a fazer o quê?".

Durante esta fase, que deve ser já um pré teste à idade dos "porquês", tento não me esquecer que se trata de um processo do seu desenvolvimento pessoal e que se o travarmos, no momento das perguntas, o Vicente poderá sentir-se desvalorizado, deixando de o fazer. E porque se olhar para ele com atenção nesses momentos, consigo perceber um certo orgulho e felicidade no seu rosto, o que me deixa também de coração cheio e feliz. 
Na realidade, ele está, finalmente, a conseguir verbalizar a sua curiosidade, curiosidade essa que já andava a saltitar na sua cabeça, desde o momento em que viu o mundo pela primeira vez. 

Meu rico filho, como deve ser fascinante viver o que estás a viver neste momento! 



Como devemos nós acompanhar a fase dos "porquês"?
Uma boa estratégia será colocarmo-nos no papel dos nossos filhos e perceber que tipo de atitude eles esperam dos adultos.

Dicas: 
Por mais saturados que estejam, não ignorem as perguntas e tentem ouvir a criança com atenção;
Procurem dar respostas adequadas à sua idade/maturidade (demasiado simples não a satisfazem e demasiado complexas só a confundem);
Se não souberam que resposta dar, digam que não sabem, que vão pensar e que quando tiverem a resposta certa, lhe dirão. E cumpram!!!
Não forneçam as respostas antes da criança fazer as perguntas. Respeitem o seu ritmo;
Segurem-se para conseguir evitar dar repostas incorrectas ou fantasiosas apenas "para arrumar o assunto". Quando a criança descobrir a verdade, vai perder parte da confiança que tem em si.

Boa sorte papás!!!

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