Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

As viagens dos Vs

Mulheres nutridas, famílias felizes

As viagens dos Vs

O desfralde: Step #1 [compreender os sinais]

17.06.15 | Vera Dias Pinheiro
Chegou a altura de tirar as fraldas ao Vicente e não posso deixar de confessar que me faz alguma confusão por ver que ainda "ontem" ele usava aquelas fraldas minúsculas de recém-nascido e agora já anda por aí de "pecas". Aquele rabinho de fralda está a crescer e a tornar-se num rapazinho demasiado rápido.
Não existe uma idade certa para se iniciar este processo. É algo que vai partir, acima de tudo, dos sinais que o nosso filho nos vai transmitindo e de nós conseguirmos perceber se é ou não a altura certa para o fazer. No entanto, de certeza que fazê-lo numa altura do ano mais quente é uma grande ajuda, pois inevitavelmente os acidentes vão acontecer e eles vão acabar por ficar molhados e, para além disso, deixá-los andar por casa só de cuecas e de crocs é uma mais valia.

Cá por casa houve dois momentos. O primeiro em que achei que o iria fazer gradualmente, habituando-o a ir à casa de banho para fazer xixi, em períodos certos do dia (por exemplo, ao acordar, depois de comer, antes do banho e antes de dormir), mas continuava com a fralda. Falei com ele, envolvi-o no processo, compramos cuecas (ou "pecas", na terminologia dele...coisa que ele adorou e eu pensei que as cuecas certas eram o truque para que tudo corresse bem. Mentirinha! Não foi! O êxtase com as cuecas passou rápido). E o segundo, onde decidi ser mais radical e tirar de uma vez por todas a fralda de dia. E é nessa fase que estamos.
Como está a correr? Não posso dizer que tem sido a completa desgraça, mas tem momentos. O Vicente aguenta-se já algum tempo sem fazer xixi, quando tem vontade umas vezes pede e outras sou eu que tenho que estar atenta. Agora, onde está o nosso grande problema é no cocó. O Vicente não pede, não avisa, a não ser quando já não há nada a fazer...
Se me passou pela cabeça adiar tudo? Sim, passou, porém eu penso que a partir do momento em que tomamos a decisão de tirar a fralda, não devemos recuar mais tarde (a não ser que a criança demonstre não estar de todo preparada para tal, o que não é o caso aqui).

Fonte: imagem do GOOGLE




Para quem, desse lado, está a pensar em iniciar esta etapa, partilho uma lista daqueles que serão os sinais que nos irão dizer se chegou ou não a altura de o fazer. Ora atentem:

Sinais físicos:

  • Anda com firmeza e até consegue correr.
  • Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
  • Faz cocó razoavelmente sólido e em horários mais ou menos previsíveis.
  • Consegue manter a fralda seca pelo menos durante 3/4 horas (é sinal de que os músculos da bexiga conseguem segurar a urina).


Sinais de comportamento:

  • Consegue ficar sentado na mesma posição entre 2 e 5 minutos.
  • Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros na casa de banho ou quer usar cuecas).
  • Não demonstra resistência perante a ideia de usar o penico ou o redutor.
  • Está numa fase em que gosta de colaborar e não numa fase do "contra".


Sinais cognitivos:

  • Conseguir seguir instruções simples (por exemplo: "vai buscar o aquele aquele carro!").
  • Entende que cada coisa tem o seu lugar.
  • Tem palavras para xixi e cocó.
  • Percebe os sinais físicos de que está com vontade de ir à casa-de-banho e consegue pedir para ir (ou até mesmo, segurar um pouco).

Ver fonte aquii.




A partir do momento em que decidirmos que é a altura ideal para iniciar o desfralde, nós, os pais, devemos também ser capazes de passar alguns sinais aos nossos filhos. Devemos, nomeadamente, munir-nos de toda a paciência que conseguirmos, que é a única forma de lhes passar a calma, a serenidade e a confiança de que eles precisam. 



UA-69820263-1

As primeiras férias do ano foram passadas a Sul do país!

16.06.15 | Vera Dias Pinheiro
Este é o primeiro Verão em que já sinto alguma liberdade em relação a passar férias com filhos. O Vicente já come da mesma comida que nós (embora na cabeça dele só existam: sopa, arroz, banana, pêra e gelatina); faz apenas uma sesta, à tarde; já deixou as fraldas (um tema a ser devidamente abordado posteriormente - e que não significa necessariamente menos trabalho, nesta fase); já se exprime e diz o que quer e, sobretudo, o que não quer. Portanto, as expectativas com as férias de Verão e com as idas à praia eram muitas.
Como já é hábito, reservamos sempre uma semana de férias para o início de Junho. O tempo costuma a estar bom, é uma altura do ano ainda calma, conseguimos encontrar bons preços de alojamento e serve de preparação para as férias grandes que só chegam mais tarde, em Agosto. E este ano não foi excepção, com um maior esforço por parte do senhor meu marido, lá conseguimos tirar a nossa semana de férias. 
No entanto, a grande questão que se impunha era encontrar um sítio que fosse simultaneamente family-friendly e que nos proporcionasse o conforto suficiente para nos preocuparmos com o mínimo indispensável. A partir do momento em que se tem filhos, o descanso das férias nunca mais é o mesmo, pois, muitas vezes, as férias acabam por ser uma extensão do trabalho que temos diariamente e, no final, regressamos sempre com o sentimento de precisar de "férias das férias". 

O Vidamar Resorts, situado na Herdade dos Salgados, em Albufeira, reúne aquilo que devem ser os desejos de muitas famílias: um hotel muito próximo da praia, que é praticamente exclusiva, piscinas e um bom buffet que nos liberta das preocupações com as refeições. 



Numa altura mais calma do ano e com o tempo muito instável, com as manhãs frias e pouco convidativas a banhos, este hotel tem outras atracções. Enquanto o Vicente e a sua amiga Matilde brincavam aos piratas na sala das crianças, nós aproveitámos para experimentar uma aula de pilates!




O Buffet do hotel, tanto de pequeno-almoço, como de jantar, é dos melhores que já experimentei. Com um leque muito variado de opções, permite perfeitamente manter uma alimentação equilibrada e saudável. O difícil é resistir às tentações. 



Com o vento (e o frio, por vezes), nenhum de nós chegou a querer experimentar a água desta piscina. Vai ficar para a nossa próxima visita.


A proximidade do hotel à praia permitiu-nos dispensar o carro durante toda a semana, que era igualmente, um dos nossos objectivos. Continuamos a ter um menino muito pouco afoito com a água do mar, com os mergulhos e os "chápe-chápe-chápe", que os miúdos tanto adoram fazer. Por sua vez, temos um menino que adora jogar à bola na praia e fazer construções na areia, mas de uma forma o mais limpinha possível. E, nestas situações, uma mãe de rapaz faz aquilo que tem que fazer!



Porém, aquilo que foi determinante na nossa escolha (ou melhor, na escolha do senhor meu marido) foi esta piscina. Sim, foi esta piscina de crianças que nos fez decidir ficar aqui neste hotel e não num outro. Esta piscina é de água aquecida e foi onde o Vicente se libertou e se divertiu mais e como é algo de tão raro nele, ficamos os dois de coração cheio de o ver ali tão solto e tão feliz.
Esta piscina é servida por um bar, onde os pais podem relaxar e beber alguma coisa, enquanto os miúdos se divertem a brincar na água.

Conseguiu ser uma semana muito tranquila, tivemos pena que o tempo não tenha permitido aproveitar mais a praia e o ar livre. E eu tive pena que o Vicente tenha decidido acordar particularmente cedo todos os dias, mesmo deitando-se mais tarde e fazendo poucas sestas. 
Nós ficamos totalmente convencidos com esta forma de fazer férias e vamos de certeza pensar em voltar, em breve, e, desta vez, com a meteorologia a nosso favor.
E, por coincidência, a querida Marta Sobral, autora do blog Café, Canela & Chocolate, tinha também passado uns dias em família, no Vidamar Resorts. Já tinha alinhavado as ideias deste post, quando passei pelo seu blog para ver o que a Marta dizia sobre o assunto e não fiquei nada surpreendida por perceber que tínhamos praticamente a mesma opinião! 
Leiam aqui o post da Marta, onde ela conta a sua experiência e partilha fotografias lindas! 

UA-69820263-1

Webinar | Dra. Ana Guilhas | "Pais e Filhos: A linguagem do Amor

15.06.15 | Vera Dias Pinheiro
A Dra. Ana Guilhas (cuja apresentação podem rever aqui) trabalha em várias áreas da psicologia, no entanto, sabemos que é na parentalidade que reside a sua grande paixão. Como tal, no próximo dia 26 de Junho, a Dra. Ana Guilhas vai promover um webinar, ou seja, uma formação à distância, para a qual convida a participação de todos nós. 
Com o tema: "Pais e Filhos: A linguagem do Amor", esta formação assenta sobre a comunicação, como espelho da forma como os membros da família se relacionam entre si e na comunicação, muitas vezes, como o segredo para resolver e/ou transformar dificuldades e obstáculos. 
Neste webinar poderemos encontrar respostas a perguntas como: Que mensagens passamos aos nossos filhos quando falamos com eles? Como é que o nosso discurso contribui para afectar negativa ou positivamentea forma como a criança aprende a olhar para si mesma? Como ajudá-la adesenvolver a capacidade de fazer escolhas e tomar decisões suas? O que é quea nossa forma de relação diz de nós enquanto pais e das nossas própriasexperiências do passado? Afinal, o que é que queremos (e podemos) fazerdiferente? 
No fundo, o objectivo é aprender a desenvolver estratégias para aumentar os níveis de bem-estar e de harmonia familiar, tornarmo-nos pais mais seguros e confiantes!




DETALHES:
Conferência realizada à distância, o que permite que se possa aceder apartir de nossa casa, do nosso trabalho, no nosso computador ou telefone. 
Osparticipantes contam ainda com apoio individual (para questões ligadas ao(s)temas) através do grupo privado do facebook “Respostas de uma Psicóloga” ou por email (durante a semana seguinte à participação noWorkshop). 


INSCRIÇÃO: 
É feita através de email: "INSCRIÇÃO EM WORKSHOP".
Só será validada após confirmação do pagamento realizado portransferência bancária (com envio do respectivo comprovativo).
Valor promocional "As viagens dos Vs": 30 euros (os leitores do blog usufruem de um desconto de 5 euros)
Email para inscrição: vera.oliveira.pereira@gmail.com


Se puderem, não deixem passar esta oportunidade!
UA-69820263-1

As Dicas da Maria Make up Artist [Qual é o nosso tipo de pele?]

12.06.15 | Vera Dias Pinheiro
Antes de falarmos de maquilhagem, correctores, primers, etc... É importante conhecermos o nosso tipo de pele. Sendo assim, escolhi, no primeiro artigo, abordar os vários tipo de pele, os cuidados a ter com cada um deles, em particular e, ainda, relembrar os cuidados (bi)diários que não devemos NUNCA esquecer de ter. 


Sabiam que a pele é o maior orgão do corpo humano? Pois é, a pele não só é o maior orgão do nosso corpo, como também é um orgão vivo. A pele regenera-se todos os meses e actua como uma barreira contra a poluição, a radiação solar, os micro-organismos nocivos, entre outros. Deste modo, torna-se fundamental sabermos que tipo de pele temos e, a partir daí, perceber se está (ou não) a necessitar de algum cuidado especifico. Mas para isso, é preciso saber avaliá-la, pois só assim podemos determinar quais os melhores produtos para hidratação e cuidados específicos ou mesmo os produtos de maquilhagem adequados ao nosso tipo de pele.
Pois bem, para uma correcta análise da pele é essencial que a mesmo se encontre bem limpa, pois só assim vai ser possível avaliar a sua cor, o brilho, o tacto, a espessura, a vascularização, o grão de pele, a flexibilidade e os acidentes cutâneos. Este são os principais elementos a avaliar e que nos vão dizer qual o nosso tipo de pele. A visão e o toque permitem-nos igualmente obter alguma informação adicional sobre a mesma e detectar irregularidades.
Regra geral, a pele define-se de duas formas de acordo com o TIPO e o seu ESTADO.

Tipos de pele: podem alterar ao longo da vida, tendo em conta a nossa idade e alterações hormonais.

Estados de pele: são transitórios.

Os diferentes TIPOS de pele (equilibrada/normal; oleosa/Mista e, por fim, a Seca) podem, por sua vez, ter diferentes ESTADOS associados (mista, desvitalizada, desidratada...). Consequentemente, as necessidades que a pele tem hoje, em termos de cuidados e/ou hidratação, podem não ser os mesmos daqui a 2 ou 3 meses.

A minha sugestão: no final de duas embalagens do nosso creme habitual, se faça uma nova avaliação à pele, de modo a identificar se está na hora de mudar de hidratante ou não.

Curiosidade: Helena Rubenstein foi quem identificou os primeiros tipos de pele! 


TIPOS DE PELE



Pele Normal/Equilibrada: 
- Pele mate e luminosa com aspeto saudável e sem imperfeições (manchas ou borbulhas); 
- Sem brilhos (da oleosidade);  
- Boa hidratação e equilíbrio, caraterizada pela sua suavidade (é macia), firmeza e elasticidade;
- Não escama e tem os poros fechados. 

Pele Oleosa/Mista: 
- Pele com muito brilho, especialmente na Zona T;
- Poros dilatados, pontos negros e imperfeições (borbulhas);  
- Com a idade a tendência é para ficar mais oleosa; 
- Na pele "mista”, a zona T é mais oleosa do que o resto da face;  
- É uma pele espessa, de tato untuoso;  
- A maquilhagem tem tendência a “derreter”. 

DICA: Matificar a pele com produtos adequados (ex. pó solto).

Pele mista:
- É a combinação entre a pele seca e a pele oleosa, sendo que a pele encontra-se oleosa no queixo, nariz e testa e tem tendência para secar em redor da boca, das bochechas e dos olhos. 

DICA: Nestes casos, devem-se usar loções de limpeza na região mais oleosa e cremes hidratantes na restante área. 

Pele Seca:  
- Pele sem brilho, baça (mate) e pode escamar;
- Poros invisíveis e áspera ao toque, aparecimento de rugas finas;  
- A pele tem um tom acinzentado;
- Sensação constante de desconforto e repuxamento em todo o rosto;  
- A secura é acentuada por fatores tais como a idade, produtos de limpeza não adequados ao tipo de pele, pela alimentação (falta de ácidos gordos essenciais), o sol, condições climáticas extremas e falta da proteção adequada para esses climas;

DICA: É aconselhável usar um Primer (a chamada Pré Base) para que a pele não escame.


ESTADOS DA PELE

Desidratada:
- Áspera ao toque;  
- Tem falta de água e pouca luminosidade;
- Pode escamar;
- Sensação de desconforto e pode repuxar em algumas zonas do rosto
- Todos os Tipos de pele podem ficar desidratadas, ocasionalmente. A aplicação de creme é confortável, durante o dia todo. Se for uma pele Seca desidratada há a necessidade de voltar a aplicar o creme, devido à sensação de repuxar. Por exemplo  a aplicação de base numa pele desidratada e que não esteja a ser devidamente tratada, a mesma começa a esfarelar, parece que a pele não agarra a base. É um problema da pele e não da base. 

Dica: Teste do pergaminho – Co o dedo indicador, pressionar a bochecha para cima. Se fizer uma ruga na vertical é sinal que a pele está desidratada. 

Sensível:  
- A sensibilidade pode ser congénita (hereditária) ou adquirida (devido a maus hábitos);  
- É frágil, fica facilmente irritada tem um tom avermelhado;  
- O estilo de vida (stress, tabaco, má alimentação) ou a agentes ambientais stressantes (clima, poluição, exposição ao sol) também influenciam a sensibilidade;
- Pode provocar comichão;
- A sensibilidade pode afetar todos os Tipos de pele. 

Reativa:
- Reage ao calor, stress, luzes;  
- Zonas vermelhas no rosto (principalmente nas bochechas);  
- Sensação de desconforto e calor  

Fragilidade Vascular:  
- Rosácea, Couprose;
- Capilares sanguíneos visíveis;  
- É uma situação irreversível, sendo necessário atuar de imediato com produtos adequados 


ROTINAS DE LIMPEZA DA PELE



São três, os passos essenciais para preservar a saúde da pele: Limpar, Hidratar e Proteger.

1º Limpeza: A utilização de Leite de Limpeza, um gel ou espuma que se emulsiona com água, elimina as impurezas e a maquilhagem. Desobstrui os poros e tonifica a pele, preparando-a para absorver os produtos de cuidado que se aplicam a seguir. Esta rotina deve ser feita de manhã e à noite.

2º Tonificar: A aplicação de tónico, equilibra o PH da pele. As loções com álcool devem ser evitadas nas peles Oleosas.

3º Hidratar/Proteger: Aplicar o creme a seguir aos passos anteriores de manhã e à noite. A hidratação é essencial para preservar a elasticidade da pele e prevenir o aparecimento de rugas finas. Deve mudar-se de creme consoante a necessidade da nossa pele.


Tratamentos extra:

Sérum: aplica-se antes do creme hidratante como acção de “choque” para tratar determinado problema (desidratação ou oleosidade).
Exfoliante: remove as células mortas e limpa em profundidade. Deve ser feito 1x semana ou 1x 15 em 15 dias
Máscara Hidratante: após a exfoliação e para hidratação extra. Deve ser feito 1x semana ou 1x 15 em 15 dias.

Não se esqueçam: nenhuma maquilhagem fica bem se a pele não estiver de boa saúde. A maquilhagem serve para realçar a beleza e não para a esconder.
UA-69820263-1

Bom Dia!!!

11.06.15 | Vera Dias Pinheiro
De todas as coisas que receio na vida, o tempo é a que mais me assusta. Perceber como ele passa rápido por nós, como muda a nossa vida de um dia para o outro, deixa-me angustiada por não saber se estou a desfrutar do meu tempo como deveria. 

Um dia tomei a consciente, mas difícil - sim, difícil - decisão de ser mãe a tempo inteiro. Digo difícil porque, hoje em dia, ser mãe a tempo inteiro é, para muitos, considerado um luxo, um acto de "dondoquice", talvez apenas acessível a pessoas com poder económico superior. No meu caso, ou era a família ou não era nada; no meu caso, foram muitas noites sem dormir, muitas fraldas para trocar, ouvir muito choro, viver a vida de um bebé e colocar a nossa de lado. Foi (e é ) um trabalho sem fim, uma exigência contínua sem horas para começar e para terminar, em que tudo depende da mãe 24 horas por dia, sem um fim-de-semana, sem uma única pausa...
Mas dizia eu, se eu não tivesse tomado a difícil decisão de ser mãe a tempo inteiro, as minhas chances de ter visto o Vicente a gatinhar pela primeira vez, a dizer as primeiras palavras, a andar ou mesmo de o prazer de poder fazer longas sestas com ele durante o dia, tinham sido mínimas... talvez me tivesse tornado numa mãe que recebe uma chamada da creche a avisar das "novidades".

Se não tivesse tomado esta decisão, talvez tivesse, no final dos 5 meses de licença de maternidade, regressado ao trabalho, na mesma rotina da maioria das pessoas e nunca me iria aperceber do que estava a perder. Iria limitar-me àqueles momentos da manhã, em stress para despachar e sair de casa a horas, e àquelas 2-3 horas no final do dia, em stress, com os banhos para dar e o jantar para fazer.

No entanto, ter tido o privilegio de viver a maternidade a tempo inteiro, muito para além do tempo que nos é concedido, mudou-me completamente e ajudou-me a reorganizar as minhas prioridades. Hoje em dia, o pensamento de que posso não ter o tempo que quero para acompanhar o Vicente está posto de lado. Ainda que, durante estes dois anos, tenha passado por altos e baixos, sempre que estava num momento menos bom, pensava na extraordinária oportunidade que tinha em poder ser eu, única e exclusivamente, a cuidar do meu filho... Em seguida, respirava fundo e continuava...


Viver numa sociedade em que o conceito de família está completamente desvirtuado e secundarizado assusta-me. Algumas das minhas amigas pensam que fiquei maluca, outras não cessam de perguntar quando regresso ao trabalho (e eu penso, mas de que trabalho falam? eu nunca deixei de trabalhar, apenas deixei de ter um trabalho remunerado), e ainda há quem questione o que faço durante o dia (bom, nessas situações ainda fico reticente quanto à minha resposta, se devo ou não realmente dizer tudo aquilo que faço durante um dia). Uma sociedade que não está preparada para a família não pode ser merecedora dos nossos filhos, porque eles precisam, acima de tudo, de atenção e a atenção requer tempo e o tempo é-nos negado a toda a hora.

Este é o maior luxo que tenho, poder acompanhar o Vicente, viver com ele as suas conquistas e ajudá-lo a voar. Sim, porque um dia ele vai voar para fora do meu ninho, os nossos filhos não são nossos, são da vida, eu sei disso, mas nesse dia, tanto ele como eu vamos estar preparados. Acredito que esta atenção que a vida nos rouba, o tempo que é tão rápido e tão pouco, é determinante para os futuros adultos que educamos e formamos. Nenhuma escola vai fazer o nosso trabalho!



UA-69820263-1

Pais & Filhos | Consultório da Dra. Ana Guilhas [Escolhas Educativas - Parte 1]

09.06.15 | Vera Dias Pinheiro
Enquanto mãe, uma das minhas grandes preocupações é conseguir encontrar o equilíbrio e o bom senso na hora de ensinar ao Vicente as regras e a "consequência" de determinadas atitudes, nomeadamente aquelas que precisam de ser corrigidas. Na minha opinião, esse é o nosso maior desafio, enquanto pais, e vai ser, ao mesmo tempo, determinante para o desenvolvimento deles.
Entre a palmada, o castigo, as conversas... Hoje em dia, as teorias são muitas, diferentes da altura dos nossos pais e até mesmo de um filho para o outro. Existem umas mais controversas que outras e outras mais radicais.
Em conversa com a Dra. Ana Guilhas, explicava-lhe precisamente esta minha angústia e preocupação. Por estes motivos, e por considerar que este é um assunto que preocupa outros pais, a rubrica desta semana com a nossa psicóloga aborda o tema das ESCOLHAS EDUCATIVAS. Dada a sua complexidade, vai ser um assunto dividido em duas partes. Aqui fica a primeira.




Escolhas Educativas
- Parte 1 -

Atrever-me-iaa dizer que os pais de hoje, têm uma dificuldade acrescida. Encontram-se emplena viragem dos modelos educativos. O papel dos pais está em transformação,assim como os critérios para as suas escolhas pedagógicas. Já não é suficientepara a maioria das pessoas fazer de uma determinada forma, só porque os seuspais e avós assim o fizeram. Hoje, felizmente, queremos perceber o que émelhor, que consequências (positivas ou negativas) as nossas escolhas têm parao bem estar presente e futuro dos nossos filhos. Isso é bom. Mas implica todauma reorganização! Essa é a parte difícil!

Antes demais, é importante saber-se que não existe nada mais protector para aestrutura psíquica humana que a vivência de um profundo e equilibradoamor. Isto quer dizer, que a forma como a família vai viver os sentimentosque os ligam entre si (e em particular aos filhos), vai ser central no processoeducativo. Para um desenvolvimento saudável, a criança deve sentir que os paisa amam incondicionalmente, aconteça o que acontecer. O que na realidade não é omesmo que deixá-la fazer tudo o que quer. Antes pelo contrário, é precisamentepor a amarem e se preocuparem com ela, que fazem questão de a orientar (eensiná-la a viver) num mundo que ainda só está a começar a conhecer.

Istoleva-nos a um segundo aspecto fundamental na parentalidade. Os pais devem estarconscientes do seu papel e de que, invariavelmente são os lidereslegítimos da estrutura familiarSão (e é importante que sejam) asfiguras de autoridade, que vão acompanhar e orientar as crianças (filhos)no seu processo de crescimento e conquistas. Fazem-no até que estes tenhamaprendido, e desenvolvido o suficiente, as competências que lhes permitemcomeçar eles mesmos a assumir estas funções. É por essa razão que não deixamosum bebé mexer numa faca, mas pedimos a um filho mais crescido que nos ajude acortar o pão.  Este é um exemplo simples, mas é válido para tarefasmuito mais complexas e centrais como aprender a cuidar de si mesmo.

Umterceiro aspecto a ter em consideração, é o de que estamos a falar de pessoas.E como não podia deixar de ser, cada umatraz para a “equação” o seu próprio valor(es). A criança nasce com umtemperamento muito próprio e, é fundamental que os pais aprendam a conhecê-la ea perceber o que é que resulta melhor para ela no equilíbrio amor/limites. Édesta forma que se vai definir o tipo de relação que é estabelecida. Por outrolado, temos uma mãe e um pai, que carregam eles mesmos (à par com a suaspersonalidades) uma história, uma aprendizagem e referências educativas muitopróprias. Também aí, é necessário encontrar um equilíbrio pai/mãe (que têmmuitas vezes posições contrárias) e adaptar-se às adversidades de um quotidianodesafiante, que deixa pouco espaço para parar, analisar e construir coisasnovas com serenidade.

Considerando estes três aspectos, cadafamília irá depois fazer as sua escolhas e criar o seu próprio modelo, de formaa cultivar o amor, o crescimento de todos os elementos e desta forma também,desenvolver maiores níveis de bem estar e harmonia familiar.

Ana Guilhas.


UA-69820263-1

2ª Edição Encontro BARRIGAS DE AMOR | VAMOS SER PAIS

08.06.15 | Vera Dias Pinheiro




Para quem ainda não conhece, o Barrigas de Amor existe desde 2007, fruto da iniciativa de quem se preocupa com as famílias portuguesas e, por isso, considerou importante levar a cabo um projecto que englobasse várias formas de apoio e de homenagem às famílias nas suas diversas etapas: gravidez, bebés, avós, etc...
Hoje em dia, é já uma marca bastante reconhecida, responsável pela organização de vários eventos, inclusivamente aquele que é o maior evento realizado em Portugal dedicado à Família e à Parentalidade.




Por esta altura, o Barrigas de Amor continua a percorrer o país, disponibilizando formação gratuita para a parentalidade e o apoio necessário para as famílias portuguesas. Desta forma, e, depois do sucesso da 1ª Edição do Encontro Barrigas de Amor | Vamos ser pais, que se realizou no Porto, regressam novamente àquela cidade para dar continuidade à acção inédita de formação para a parentalidade gratuita pelo país, direccionado agora para os futuros pais.

Como parte da família do Barrigas de Amor, por saber os valores que estão por trás deste projecto e, acima de tudo, por acreditar nele, junto-me a esta iniciativa e convido todas as famílias (e futuras famílias) que estejam pelo norte do país a inscreverem-se e a participarem.


Encontro BARRIGAS DE AMOR | Vamos ser pais

Onde? No Porto, Hotel Vila Galé
Quando? Dia 13 de Junho de 2015
Horas? das 13h45 às 18 horas


Durante este encontro serão abordados temos como a criopreservação, os cuidados a ter com a pele do bebé e a amamentação. Haverá lugar também para a palestra Pais e Bebés, com o tema: Somos todos recém nascidos, dada pela Dra. Cristina Nogueira Fonseca, do Família Felizes.
No final deste encontro será ainda sorteado um Kit Vamos Ser Pais, com alguns produtos para mimar pais e bebés!

Já sabem, a entrada é gratuita, basta que preencham o vosso formulário aqui: http://barrigasdeamor.pt/inscricao-vamos-ser-pais-familia/.

Estamos juntos pela natalidade!


UA-69820263-1