O desfralde: Step #1 [compreender os sinais]
17.06.15 | Vera Dias Pinheiro
Chegou a altura de tirar as fraldas ao Vicente e não posso deixar de confessar que me faz alguma confusão por ver que ainda "ontem" ele usava aquelas fraldas minúsculas de recém-nascido e agora já anda por aí de "pecas". Aquele rabinho de fralda está a crescer e a tornar-se num rapazinho demasiado rápido.
Não existe uma idade certa para se iniciar este processo. É algo que vai partir, acima de tudo, dos sinais que o nosso filho nos vai transmitindo e de nós conseguirmos perceber se é ou não a altura certa para o fazer. No entanto, de certeza que fazê-lo numa altura do ano mais quente é uma grande ajuda, pois inevitavelmente os acidentes vão acontecer e eles vão acabar por ficar molhados e, para além disso, deixá-los andar por casa só de cuecas e de crocs é uma mais valia.
Cá por casa houve dois momentos. O primeiro em que achei que o iria fazer gradualmente, habituando-o a ir à casa de banho para fazer xixi, em períodos certos do dia (por exemplo, ao acordar, depois de comer, antes do banho e antes de dormir), mas continuava com a fralda. Falei com ele, envolvi-o no processo, compramos cuecas (ou "pecas", na terminologia dele...coisa que ele adorou e eu pensei que as cuecas certas eram o truque para que tudo corresse bem. Mentirinha! Não foi! O êxtase com as cuecas passou rápido). E o segundo, onde decidi ser mais radical e tirar de uma vez por todas a fralda de dia. E é nessa fase que estamos.
Como está a correr? Não posso dizer que tem sido a completa desgraça, mas tem momentos. O Vicente aguenta-se já algum tempo sem fazer xixi, quando tem vontade umas vezes pede e outras sou eu que tenho que estar atenta. Agora, onde está o nosso grande problema é no cocó. O Vicente não pede, não avisa, a não ser quando já não há nada a fazer...
Se me passou pela cabeça adiar tudo? Sim, passou, porém eu penso que a partir do momento em que tomamos a decisão de tirar a fralda, não devemos recuar mais tarde (a não ser que a criança demonstre não estar de todo preparada para tal, o que não é o caso aqui).
Como está a correr? Não posso dizer que tem sido a completa desgraça, mas tem momentos. O Vicente aguenta-se já algum tempo sem fazer xixi, quando tem vontade umas vezes pede e outras sou eu que tenho que estar atenta. Agora, onde está o nosso grande problema é no cocó. O Vicente não pede, não avisa, a não ser quando já não há nada a fazer...
Se me passou pela cabeça adiar tudo? Sim, passou, porém eu penso que a partir do momento em que tomamos a decisão de tirar a fralda, não devemos recuar mais tarde (a não ser que a criança demonstre não estar de todo preparada para tal, o que não é o caso aqui).
Fonte: imagem do GOOGLE |
Para quem, desse lado, está a pensar em iniciar esta etapa, partilho uma lista daqueles que serão os sinais que nos irão dizer se chegou ou não a altura de o fazer. Ora atentem:
Sinais físicos:
- Anda com firmeza e até consegue correr.
- Faz bastante xixi de cada vez (e não de pouquinho em pouquinho).
- Faz cocó razoavelmente sólido e em horários mais ou menos previsíveis.
- Consegue manter a fralda seca pelo menos durante 3/4 horas (é sinal de que os músculos da bexiga conseguem segurar a urina).
Sinais de comportamento:
- Consegue ficar sentado na mesma posição entre 2 e 5 minutos.
- Demonstra interesse nos hábitos de higiene (gosta de observar os outros na casa de banho ou quer usar cuecas).
- Não demonstra resistência perante a ideia de usar o penico ou o redutor.
- Está numa fase em que gosta de colaborar e não numa fase do "contra".
Sinais cognitivos:
- Conseguir seguir instruções simples (por exemplo: "vai buscar o aquele aquele carro!").
- Entende que cada coisa tem o seu lugar.
- Tem palavras para xixi e cocó.
- Percebe os sinais físicos de que está com vontade de ir à casa-de-banho e consegue pedir para ir (ou até mesmo, segurar um pouco).
Ver fonte aquii.
A partir do momento em que decidirmos que é a altura ideal para iniciar o desfralde, nós, os pais, devemos também ser capazes de passar alguns sinais aos nossos filhos. Devemos, nomeadamente, munir-nos de toda a paciência que conseguirmos, que é a única forma de lhes passar a calma, a serenidade e a confiança de que eles precisam.