É bom saber que me/nos querem (aos Vs) de volta. É bom saber que desse lado havia quem gostava de nos ter por perto, de nos conhecer e conhecer o que nós próprios íamos descobrindo. O que não é bom saber é que deixei o tempo passar, deixei-me enrolar nele e com ele também a ausência da escrita. Não gosto de saber que me deixei acobardar por achar que não conseguia fazer tudo, o meu tudo, a exigência do meu dia, não em tarefas ou afazeres, mas em crescimento meu, de mãe, mulher, de mim, e fui eu que fui ficando para trás com tudo o que isso implica.
Em jeito de fim de ano, altura de balanço, só peço nunca perder a força de vontade para cuidar de mim, de me preocupar com o que me faz feliz e, acima de tudo, me realiza. Ainda não sei bem o que é, mas sei que se continuar a preocupar-me comigo vou descobrir.