Foi a viagem que há muito se esperava, no entanto, como sempre acontece, quando as expectativas são demasiados elevadas, não posso dizer que fiquei deslumbrada como eu achava que iria ficar. Talvez o motivo mais forte, tenha sido por termos ido com um bebé de colo. Londres é uma cidade demasiado frenética, com as ruas e os lugares muito ruidosos. A quantidade de pessoas que, por ali circula, durante todo o dia, de manha à noite, torna difícil a circulação quer nas ruas, quer nas lojas ou museus. Mais do que o tempo, que até nem esteve assim tão muito mau, foi mesmo este excesso de gente, por todo o lado, que stressava. E, claro, o metro, sem elevadores na maioria das estações, e com muitas escadas sem serem rolantes. Bom, comemos muito, é um facto, mas também se gastou muita energia nestes trajectos.
Porém, no todo, foi muito bom. As nossas companhias que nos prepararam um roteiro, em que conseguimos ver os monumentos mais emblemáticos da cidade, como o Big Ben, a Tower of London e o museu da Madame Tussauds. E, depois, Camden Town e todos os mercados de artesanato, gastronomia e artigos vintage que se espalham pela cidade. São absolutamente deliciosos e prendem-nos a atenção em cada pormenor. Por mim, tinha ficado horas a ver tudo até ao mínimo detalhe.
Camden Town é uma pequena cidade, dentro da cidade, com a sua própria vida, o seu estilo e as suas rotinas. Para além das lojas de rua, onde se podem encontrar de tudo um pouco, desde o original até à imitação mais bem feita, tem um mundo de bancas de artesanato que se espalham por antigas cavalariças. Não acredito que haja alguém que já tenha conseguido ver aquilo tudo. Nós mulheres, que gostamos de tralhas e bugigangas e temos uma capacidade única de conseguir ver sempre mais um bocadinho, digo-vos que cheguei a um ponto em que, eu própria, já estava cansada. Há tanta, mas tanta coisa, por ali espalhada, que chega a um ponto em que já não se consegue absorver mais nada.